quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

"O perfume anuncia a chegada de uma mulher e prolonga a sua saída".
Coco Chanel

E isso só está aqui por eu ter achado muito motivador :P

domingo, 26 de dezembro de 2010

Nosce te Ipsum

"A humanização da natureza deriva da necessidade de pôr fim à perplexidade e ao desamparo do homem frente a suas forças temíveis, de entrar em relação com elas e, finalmente, de influenciá-las. (…) O homem primitivo não tem escolha, não dispõe de outra maneira de pensar. É-lhe natural, algo inato, por assim dizer, projetar exteriormente sua existência para o mundo e encarar todo acontecimento que observa como manifestação de seres que, no fundo, são semelhantes a ele próprio."

Sigmund Freud


O ápice da iluminação se dará a partir do momento que nos conhecermos, a nós mesmos.
A Bílbia mesmo nos ensina - e não sou decoradora de versículos - que existe um Deus em cada um de nós. Ao conhecermos profundamente nós mesmos, refletindo e aceitando todas as nossas dimensões, estaríamos conhecendo um pouco mais de Deus.
Daí a onipresença de um ser divino: ele reside em cada um de nós.
Somos nós mesmos que nos repreendemos, que nos açoitamos, erramos e que nos moralizamos ao projetarmos nossa existência para o mundo exterior.
É bem provável que lograríamos um sucesso maior se fizéssemos exatamente o inverso.
Essa projeção enfrenta tantas outras projeções, crenças e simbologismos, que nos afasta cada vez mais da idéia de que somos apenas nós, e mais ninguém.
Nossos temores são projeções, frutos de nós mesmos; sementes que são alimentadas até que fogem do nosso controle. Fogem do nosso conhecimento e voltamos então a mergulhar nas trevas, a retornar para dentro da caverna.
No fim, precisamos nos voltar a nós mesmos primando sempre pela compreensão do aforismo grego " nosce te ipsum".
Compreensão de que essas palavras são absolutas.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

"Se as pessoas são boas só por temerem o castigo e almejarem uma recompensa, então realmente somos um grupo muito desprezível."
A. Einstein

Feliz Natal!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Rodapé motivacional

"Há duas coisas que o povo não pode saber como são feitas: a salsicha e as leis"
(Dito Popular)


"Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes"
(Paulo Freire)


"Treine a si mesmo a deixar partir tudo que teme perder"
(Yoda)
[Máxima da doutrina sagrada do desapego material]

"A força de um homem não se mede pela quantidade de vezes que bate, mas pela quantidade de vezes que cai, se levanta e segue adiante."
(Dito Popular)


"Quem se gasta em palavras, raramente se gasta em ações."
(Gustave Le Bon)


"O apaziguador é o homem que alimenta o crocodilo na esperança de ser o último a ser comido".
(Winston Churchill)


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010


Semper et ubique
memento audere semper
Res, non verba
(Gabriel D Annunzio)





Sempre, e e todos os lugares
Lembra-te de ousar sempre,
Com fatos, e não com palavras.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

"Todos nós somos um pouco viramundos, ou pelo menos trazemos no íntimo uma irrealizada vocação de peregrinos, mas o que nos faz largar um pouso é a procura de outro pouso. disfarçamos com pretextos soerzes a nossa viramunda destinaçao de nômades a deambular por este mundo de deus, e nos tornamos viajantes, bandeirantes, itineirantes, emigrantes, visitantes, passantes, infantes, militantes ou tratantes."

SABINO, Fernando. O grande mentecapto.

Nessas palavras simples reside a parábola de nossas vidas.

Pensamento como Liberdade

"O cristão comum. — Se o cristianismo tivesse razão em suas teses acerca de um Deus vingador, da pecaminosidade universal, da predestinação e do perigo de uma danação eterna, seria um indício de imbecilidade e falta de caráter não se tornar padre, apóstolo ou eremita e trabalhar, com temor e tremor, unicamente pela própria salvação; pois seria absurdo perder assim o benefício eterno, em troca da comodidade temporal. Supondo que se creia realmente nessas coisas, o cristão comum é uma figura deplorável, um ser que não sabe contar até três, e que, justamente por sua incapacidade mental, não mereceria ser punido tão duramente quanto promete o cristianismo."

"Por que haverá alguém de envergonhar-se de seu corpo quando este é perfeitamente sadio e capaz de desempenhar as suas funções? Não seria verdade, porventura, que uns poucos neuróticos tivessem primeiro concebido a doutrina do pecado original para justificar as próprias neuroses e que todas as gerações subsequentes de homens normais tivessem seguido pensadores anormais como estúpidos carneiros? Não era a nossa moralidade uma fraude? Não era a felicidade o desígnio da vida? A religião, longe de ser uma aceitação é uma negação da vida."

Friedrich Nietzsche



A religião pode ser comparada a alguém que pega um cego pela mão e o guia, pois este é incapaz de enxergar por si próprio, tendo como preocupação chegar ao seu destino, não observar tudo pelo caminho.
Arthur Schopenhauer



O meu ateísmo - e digo meu porque faço dele o que eu quiser - é um ato subsersivo à dogmática religiosa que nos impõe a maneira correta de crer.
Veja bem, eu disse "a maneira correta de crer".

Não sou desacreditada das coisas metafísicas ou divinas.
Tenho fé.
Uma fé que se materializa no "parecer bom" e no "fazer o bem", e em um ser divino - digamos Deus por ser um denominação universal - que não me punirá por meus atos ruins, não se vingará quando eu errar, mas me dará amparo e inspiração.
Eu não preciso discutir isso com ninguém.

É essa a essência de boa parte das religiões, só que estas retorcem todo esse ideal de tal forma que inserem nessa caminhada diversos elementos secundários que acabam prendendo o acreditador - pois dizer "believer" não soaria modesto, e dizer "crente" soaria preconceituoso - a essas circunstâncias acessórias, motivado pelo fato de quem, cumprindo-as, estaria mais próximo do ideal "principal".

Existem os religiosos iluminados, que não usam a ideologia religiosa como fundamento de segregação, que conseguem ver por detrás das sombras da caverna e se relacionam com tantas outras pessoas que pensam da mesma maneira que a minha, ou mais simplista ou não.
A esses, as minhas saudações.

Abstraia e reflita neste post, e da mesma forma também na conclusão a seguir.
Liberte-se

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que épuro, tudo o que é amável, tudo
o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso pensai.” — Paulo. (FILIPENSES, CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 8.)

Todas as obras humanas constituem a resultante do pensamento das criaturas. O mal e o bem, o feio e o belo viveram, antes de tudo, na fonte mental que os produziu, nos movimentos incessantes da vida.
O Evangelho consubstancia o roteiro generoso para que a mente do homem se renove nos caminhos da espiritualidade superior, proclamando a necessidade de semelhante transformação, rumo aos planos mais altos. Não será tão-somente com os primores intelectuais da Filosofia que o discípulo iniciará seus esforços em realização desse teor. Renovar pensamentos não é tão fácil como parece à primeira vista. Demanda muita capacidade de renúncia e profunda dominação de si mesmo, qualidades que o homem não consegue alcançar sem trabalho e sacrifício do coração.

É por isso que muitos servidores modificam expressões verbais, julgando que refundiram pensamentos. Todavia, no instante de recapitular, pela repetição das circunstâncias, as experiências redentoras, encontram, de novo, análogas perturbações, porque os obstáculos e as sombras permanecem na mente, quais fantasmas ocultos.

Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo íntimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção.

O conselho de Paulo aos filipenses apresenta sublime conteúdo. Os discípulos que puderem compreender-lhe a essência profunda, buscando ver o lado verdadeiro, honesto, justo, puro e amável de todas as coisas, cultivando-o, em cada dia, terão encontrado a divina equação.

Francisco Cândido Xavier. Esp. Emmanuel. Fonte Viva. Cap. 15

terça-feira, 30 de novembro de 2010

"Não somos nós [ateus] que estamos definindo um deus e afirmando que ele não existe, nós estamos respondendo a afirmaçoes de que deus existe"

Não se trata de um terreno moralmente seguro afirmar categoricamente que Deus não existe. A ponto é questionar as afirmações que são feitas a respeito da existência de Deus.
Você acredita, com absoluta certeza, que Deus existe?
"Certeza absoluta é uma distração"
Nós não podemos saber nada com uma certeza absoluta, e tais certezas categóricas são algo que tenho fé que não existem.
Ao menos não estão no campo humano para serem constatadas, e sim, é uma perspectiva platonista.

Não há uma verdade absoluta se Ele existe ou não, mas com indagações e análises podemos chegar a verdades prováveis a respeito daquilo que nos é posto.
Não há uma verdade absoluta acerca de OVNIS, possessões em templos religiosos, exorcismos, milagres, justiça.

A verdade é que as nossas crenças nos guiam, e o que o vídeo nos ensina é que deve-se buscar a coerência entre crer no que é real e crer no que não é.
Se confio cegamente nas minhas crenças, isso me impede de refutá-las para saber se são verdadeiras ou não!
A crença pode causar-me tamanho temor que eu chegue a ter receio de indagar!
Mas se eu sigo uma crença, livre e consciente do poder de questioná-la, chegando ao ponto de ter o mínimo de crenças falsas possíveis, acredito ser um caminho certo a seguir.

Não sou extremista.
Ante a minha convicção, Deus existe e - embora eu não tenha como saber de tudo - encontro dificuldades pessoais em questionar a sua existência. Por isso construo a minha crítica a partir da religião, que materializam - cada uma - seu próprio Deus em argumentos que muitas das vezes não se consegue comprovar.




Vídeo retirado do ateus.net

sábado, 27 de novembro de 2010

"O problema mais gritante de sistemas absolutistas, como os Dez Mandamentos, é que, quando há mais de uma regra absoluta, torna-se possível o surgimento de conflitos entre elas. Assim, poderíamos perguntar se é algo apropriado assassinar para prevenir um roubo. É permitido roubar para prevenir um assassinato? Deveríamos mentir se tivéssemos uma boa razão para acreditar que a verdade faria com que o indivíduo morresse de ataque cardíaco? É apropriado mentir para evitar ser assassinado?
É lícito quebrar o sábado santo para salvar a vida de alguém? Seria correto roubarmos um carro se soubéssemos que isso evitaria que seu dono trabalhasse no sábado santo ou matasse alguém? Deveríamos honrar a vontade de nossos pais se eles nos pedissem para quebrar algum dos outros mandamentos? Deveríamos roubar nossos pais se, ao fazê-lo, talvez estivéssemos prevenindo um assassinato? Todos os tipos de dilema como esses são possíveis. (…) Isso demonstra que não podemos viver baseados em princípios absolutos e abstratos. Precisamos relacioná-los à vida e às necessidades humanas."


Frederick Edwords

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Olá

Não me importa em falar sem ser ouvido, o que, aliás, tem sido a contextualização mais comum no mundo virtual.
Ainda sim, vamos às apresentações.

Este blog é novo, mas seu conteúdo, nem tanto.
É porque desgostei do "devaneios de mytra" e ante o insucesso em alterar o endereço do blog sem modificar o conteúdo, fiz um novo.
A proposta é a mesma: divagar sobre assuntos que eu ache interessante.
Só que agora, com uma direção: o pensar como forma de nos libertar, seja lá no que estivermos presos: do falso óbvio, da moral e do pensamento.

Não apenas no campo da religião - embora até este momento, seja o assunto maior aqui - , mas de qualquer crença que esteja presente no nosso cotidiano. O questionamento sobre o dia a dia.
Agora com um foco, embora o conteúdo antigo pode não ter muito sentido, mas eu vou mantê-lo.

Com tantos endereços para blogs por aí, porque escolhi hospedá-lo no blogger, de novo?
A resposta é mais simples do que cara de pau: por pura comodidade.

Seja bem vindo!
Nesta casa, as portas sempre estarão abertas.


"Homens convictos são prisioneiros."
Friedrich Nietzsche

segunda-feira, 22 de novembro de 2010



Muito além, nos confins inexplorados da região mais brega da Borda Ocidental desta Galáxia, há um pequeno sol amarelo e esquecido.
Girando em torno deste sol, a uma distância de cerca de 148 milhões de quilômetros, há um planetinha verde-azulado absolutamente insignificante, cujas formas de vida, descendentes de primatas, são tão extraordinariamente primitivas que ainda acham que relógios digitais são uma grande idéia.
Este planeta tem ― ou melhor, tinha ― o seguinte problema: a maioria de seus habitantes estava quase sempre infeliz. Foram sugeridas muitas soluções para esse problema, mas a maior parte delas dizia respeito basicamente à movimentação de pequenos pedaços de papel colorido com números impressos, o que é curioso, já que no geral não eram os tais pedaços de papel colorido que se sentiam infelizes.
E assim o problema continuava sem solução. Muitas pessoas eram más, e a maioria delas era muito infeliz, mesmo as que tinham relógios digitais.
Um número cada vez maior de pessoas acreditava que havia sido um erro terrível da espécie descer das árvores. Algumas diziam que até mesmo subir nas árvores tinha sido uma péssima idéia, e que ninguém jamais deveria ter saído do mar.
E, então, uma quinta-feira, quase dois mil anos depois que um homem foi pregado num pedaço de madeira por ter dito que seria ótimo se as pessoas fossem legais umas com as outras para variar, uma garota, sozinha numa pequena lanchonete em Rickmansworth, de repente compreendeu o que tinha dado errado todo esse tempo e finalmente descobriu como o mundo poderia se tornar um lugar bom e feliz. Desta vez estava tudo certo, ia funcionar, e ninguém teria que ser pregado em coisa nenhuma.
Infelizmente, porém, antes que ela pudesse telefonar para alguém e contar sua descoberta, aconteceu uma catástrofe terrível e idiota, e a idéia perdeu-se para todo o sempre.
Esta não é a história dessa garota.
É a história daquela catástrofe terrível e idiota, e de algumas de suas conseqüências.
É também a história de um livro, chamado O Guia do Mochileiro das Galáxias ― um livro que não é da Terra, jamais foi publicado na Terra e, até o dia em que ocorreu a terrível catástrofe, nenhum terráqueo jamais o tinha visto ou sequer ouvido falar dele.
Apesar disso, é um livro realmente extraordinário.
Na verdade, foi provavelmente o mais extraordinário dos livros publicados pelas grandes editoras de Ursa Menor ― editoras das quais nenhum terráqueo jamais ouvira falar, também.
O livro é não apenas uma obra extraordinária como também um tremendo best-seller ― mais popular que a Enciclopédia Celestial do Lar, mais vendido que Mais Cinqüenta e Três Coisas para se Fazer em Gravidade Zero, e mais polêmico que a colossal trilogia filosófica de Oolonn Colluphid, Onde Deus Errou, Mais Alguns Grandes Erros de Deus e Quem É Esse Tal de Deus Afinal?
Em muitas das civilizações mais tranqüilonas da Borda Oriental da Galáxia, O Guia do Mochileiro das Galáxias já substituiu a grande Enciclopédia Galáctica como repositório-padrão de todo conhecimento e sabedoria, pois ainda que contenha muitas omissões e textos apócrifos, ou pelo menos terrivelmente incorretos, ele é superior à obra mais antiga e mais prosaica em dois aspectos importantes.
Em primeiro lugar, é ligeiramente mais barato; em segundo lugar, traz impressa na capa, em letras garrafais e amigáveis, a frase NÃO ENTRE EM PÂNICO.
Mas a história daquela quinta-feira terrível e idiota, a história de suas extraordinárias conseqüências, a história das interligações inextricáveis entre estas conseqüências e este livro extraordinário ― tudo isso teve um começo muito simples.
Começou com uma casa.

ADAMS, Douglas. Guia do Mochileiro das Galáxias: Volume um da trilogia de cinco.

domingo, 21 de novembro de 2010

“Somente uma coisa é necessária”… Que todo homem, por possuir uma “alma imortal”, tenha tanto valor quanto qualquer outro homem; que na totalidade dos seres a “salvação” de todo indivíduo um possa reivindicar uma importância eterna; que beatos insignificantes e desequilibrados possam imaginar que as leis da natureza são constantemente transgredidas em seu favor — não há como expressar desprezo suficiente por tamanha intensificação de toda espécie de egoísmos ad infinitum, até a insolência. E, contudo, o cristianismo deve o seu triunfo precisamente a essa deplorável bajulação de vaidade pessoal — foi assim que seduziu ao seu lado todos os malogrados, os insatisfeitos, os vencidos, todo o refugo e vômito da humanidade. A “salvação da alma” — em outras palavras: “o mundo gira ao meu redor”…


Friedrich Nietzsche

terça-feira, 5 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

E seu Deus? É matéria ou imaterialidade pura?

Photobucket

Caminhando pela rua e perdida em aleatoriedades, li uma frase em um carro que muito me chamou a atenção. Sem entrar em pormenores, era um veículo muito novo e bem cuidado pelo dono que, em sentimento de gratidão, colocou um adesivo, não discreto, no vidro detrás, escrito: “Presente de Deus”.

Presente de Deus? – indaguei.

Presente de Deus? – re-indaguei, se é que isso realmente existe, tentando organizar os pensamentos, os quais mal consigo colocar aqui.

Se eu fosse buscar de Deus algum “presente”, eu recorreria a essa força imensa, misteriosa e etérea para buscar coisas imateriais das quais eu não teria confiança suficiente para adquirir. Uma graça, uma mente tranqüila, paz de espírito e até mesmo sabedoria.

Mas como pedir a um ser imaterial para que este me conceda algo puramente material, que está na lista platônica das coisas mundanas, terrenas, humanas e quando não, são puro reflexo de um desejo capitalista-consumeirista no qual as mais diversas religiões tentam reprimir?

Presente de Deus?

Não é ingratidão refletir que uma conquista material resultou de muito esforço ou de uma eventualidade que costumeiramente denominamos "sorte". Que foi fruto de um investimento financeiro com bons rendimentos (ou não), de uma transação comercial bem suscedida (ou não) ou de qualquer meio que o tornasse capaz de adquirir o bem tão estimado.

Meu problema reside no fato de pessoas se acharem mais merecedoras que outras, seja porque sua religião incute essa idéia, seja porque sozinha - influenciada por seus próprios pensamentos - ela consegue chegar a conclusão que é melhor que todas as outras.

Que apenas porque ela é devota a um certo tipo de fé, obterá preferência aos olhos do divino em detrimento àqueles que não o são.

HEIN?

Aprendi no catecismo - olha minhas raízes cristãs - que todos somos irmãos, filhos de um mesmo pai.

O amor divino não é absoluto, não somos todos iguais, pecadores ou não?

Oras, não O é onipotente e onipresente?

Então porque ampara uns mais que os outros?

Porque pune seus filhos?

Indago a vós: Quem peca mais, é menos benquisto? Mas o pecado não é uma desgraça humana e, penso eu, inventado pela humanidade como um critério moral, de forma medir a quantidade de devoção de um indivíduo, ou entregá-lo nos braços da perdição?

Nenhuma igreja responde a essas perguntas.

Claro, busco respostas que vão além da objetividade falsa do "porque sim".

Na melhor das hipóteses, mostra-se como bom norte recorrer (claro, a quem o crer) ao Ser Divino para ajudar nas soluções que a mente humana, ignorante e cavernosa, é incapaz de solver sozinha. Falo das imaterialidades das quais a humanidade acredita não ser capaz de alcançar sozinha.

Para todas as outras intempéries que surgirem em seu caminho, uma boa dose de determinação com três gotas de esforço deve bastar.