quinta-feira, 2 de março de 2006

Reflexões pós-Nietzchianas

"A vida é um constante suicídio"
F. Nietzsche

Um constante caminhar para um abismo.
Quanto mais nos aproximamos das pessoas e temos a oportunidade de nos descobrir, mais nos machucamos.
Não se sabe se a descoberta mais dolorosa é a de quem caminha junto com você, tendo em vista uma descoberta profunda sobre essa pessoa, ou se é a de si próprio.
Mas a necessidade de viver em eterno compartilhamento com outros indivíduos é comum da natureza humana, portanto, por mais que detestemos estar sempre em companhia de alguém - mesmo que seja desagradável - isso será constante ao menos que queiramos dar um fim a tudo.
A convivência é um mal necessário, e somente com ela é que se aprende a viver.

Somos humanos, e da perspectiva existencial, começamos a "existir" a partir do momento que pensamos sobre nós, no presente, na projeção de nossas ações no futuro.
Estamos pensando não só em nós mesmos, mas em todos aqueles que gostamos e que cativamos.
Contudo, pensando assim, pensa-se filosoficamente, e portanto, usa-se a razão.
Pensamos com o coração quando, sem temer as consequências de nossas atitudes, seguimos aquele desejo fulminante que nasce do peito e para que determinada coisa seja feita.
Em nenhum dos caminhos, é lógico o arrependimento.
Portanto, aconteça o que acontecer: não deve olhar para trás.